terça-feira, 17 de maio de 2011

SÓCRATES ACERTA EM CHEIO!

Tenho a impressão que é a primeira vez que tenho razões para dizer isto, mas durante o debate com o Gerónimo, o pantomineiro do primeiro-ministro cessante acertou em cheio na acusação que fez: é bem verdade que o Partido defende a nacionalização da banca, sector financeiro e empresas estratégicas do país. É que (e veja-se bem o desplante do PCP!), o Partido defende que a economia esteja ao serviço do povo e não ao serviço dos "mercados".

DOMINIQUE, PÁ! QUE TAL É A PRISA?

2 comentários:

Mantorras disse...

E o Jerónimo respondeu, sim é verdade, mas isso não quer dizer que DIABOLIZEMOS o LUCRO.

Nem defendemos a saída do "EURO"(porque isso seria catastrófico para a nossa economia) como antes tinha dito franCISCO Louçã,demostrando assim que a única "divergência" que tinha tido com este no "debate", que afinal também era uma convergência.

Defendemos a "renegociação" da divida, como se mesmo esta renegociada não tenha que ser os trabalhadores a paga-la.

Exigimos uma "taxa fiscal extraordinária" para todos os capitalista que tenho um lucro superior a 50 milhões de euros por ano.

Mantorras

Chalana disse...

Mantorras:

A "taxa fiscal extraordinária" parece-me bem. No fim de contas, Karl Marx também defendia no Manifesto do Partido Comunista a taxação progressiva dos rendimentos.

Em relação à diabolização - ou não do lucro - não percamos de vista que, na "democracia avançada no séx. XXI" que o Partido defende, como etapa de transição para o socialismo pleno, se perspectiva uma organização económica em que, não obstante o peso, influência e acção determinantes do sector estatal na economia, continuará a existir um sector cooperativista e até de pequenas e médias empresas de carácter privado - também isso é aceite pelos grandes teóricos do comunismo. Na URSS, por exemplo, houve o período da NEP.

Creio que é, também, importante, situar as frases no contexto em que são proferidas. O Sócras gosta muito de agitar o papão do radicalismo e, nesse sentido, o Gerónimo, limitou-se a tranquilizar o país: um governo patriótico e de esquerda não nacionalizará barbearias - que também têm lucro, não é assim?

Quanto às questões com implicações internacionais - a saída do Euro e o cancelamento do pagamento da dívida externa... bom, sumariamente, parece-me que nenhum tipo de decisão se poderá tomar de ânimo leve. Mas creio que será consensual imaginar uma situação na qual, em face da adopção das primeiras medidas que salvem o país e salvaguardem a classe trabalhadora, outras terão de ser tomadas em função das pressões/agressões imperialistas.

Creio que o camarada Gerónimo, teve uma preocupação (não dispeciente): não deixar que Sócrates atemorizasse os trabalhadores com o papão do "caos radical". De resto, a justa política do Partido é conhecida (infelizmente ainda não por todos)e a sua aplicação imediata vibraria não apenas um poderoso golpe na oligarquia como representaria uma profunda inversão nas políticas de direita que têm arrasado o país nos últimos 35 anos.

Um abraço.